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Nos 100 anos da Maria Aparecida Ferreira Martins

Maria Aparecida Ferreira Martins - 100 Anos

20 de Março de 2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Meus Oito Anos

Meus Oito Anos by Casimiro de Abreu


Oh que saudades que tenho da aurora da minha vida,
Da minha infância querida que os anos não trazem mais...
Que amor, que sonhos, que flores, naquelas tardes fagueiras,
A sombra das bananeiras, debaixo dos laranjais.
Como são belos os dias do despontar da existência
Respira a alma inocência, como perfume a flor;
O mar é lago sereno, o céu um manto azulado,
O mundo um sonho dourado, a vida um hino de amor!
Que auroras, que sol, que vida Que noites de melodia,
Naquela doce alegria, naquele ingênuo folgar.
O céu bordado de estrelas, a terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia e a lua beijando o mar!

Oh dias de minha infância, oh meu céu de primavera!
Que doce a vida não era nessa risonha manhã.
Em vez das mágoas de agora, eu tinha nessas delicias
De minha mãe as carícias e beijos de minha, irmã!
Livre filho das montanhas, eu ia bem satisfeito,
Pés descalços, braços nus, correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras, atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas brincava beira do mar!
Rezava as Ave Marias, achava o céu sempre lindo
Adormecia sorrindo edespertava a cantar!
Oh que saudades que tenho da aurora da minha vida
Da, minha infância querida que os anos não trazem mais.
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras, a sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

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